O dia 29 de Agosto é internacionalmente marcado como o Dia Mundial do Combate ao Fumo. E quando pensamos em fumo, lembramo-nos automaticamente de cigarros. Ao lembrarmo-nos de cigarros, é impossível que Ryan Philippe não nos venha à memória.
DL - Com que idade começou a fumar tabaco?
RP - Muito cedo. Experimentei aos 15 anos, mas só comecei a fumar a sério aos 16.
RP - Muito cedo. Experimentei aos 15 anos, mas só comecei a fumar a sério aos 16.
DL - Como aconteceu isso em tão tenra idade?
RP - Aconteceu como acontece a muitos. Eu era jovem, estúpido e irresponsável. Achava que era imortal, que o mundo era todo meu. E sinceramente é o que nos parece aos 16 anos. Conhecia uns rapazes lá na minha terra, uns daqueles que a malta acha toda que são muito fixes naquela altura mas que hoje sabemos ver que são uns atrasos de vida. Eles eram os bad boys, ficavam sempre com as miúdas, eram os capitães das equipas, tinham estilo...eram os ditos populares, digamos. Eu nunca fui assim, sempre fui tímido e muito certinho, então acho que de certo modo queria ser como eles e aproximei-me do grupo. Foi assim que tive acesso a tabaco e que comecei a fumar.
RP - Aconteceu como acontece a muitos. Eu era jovem, estúpido e irresponsável. Achava que era imortal, que o mundo era todo meu. E sinceramente é o que nos parece aos 16 anos. Conhecia uns rapazes lá na minha terra, uns daqueles que a malta acha toda que são muito fixes naquela altura mas que hoje sabemos ver que são uns atrasos de vida. Eles eram os bad boys, ficavam sempre com as miúdas, eram os capitães das equipas, tinham estilo...eram os ditos populares, digamos. Eu nunca fui assim, sempre fui tímido e muito certinho, então acho que de certo modo queria ser como eles e aproximei-me do grupo. Foi assim que tive acesso a tabaco e que comecei a fumar.
DL - Tinha noção dos perigos do tabaco?
RP - Tinha, no fundo tinha, mas é como lhe disse: era estúpido e achava que o mundo era todo meu. Pensava sempre que tinha tempo para me preocupar com a minha saúde quando fosse mais velho e que parava quando quisesse.
RP - Tinha, no fundo tinha, mas é como lhe disse: era estúpido e achava que o mundo era todo meu. Pensava sempre que tinha tempo para me preocupar com a minha saúde quando fosse mais velho e que parava quando quisesse.
DL - E acha que consegue parar se assim quiser?
RP - Acho que o ingrediente principal para se conseguir seja o que for é a força de vontade, e julgo que com um grande esforço conseguiria deixar de fumar. Mas era um esforço mesmo muito grande. O corpo habitua-se à nicotina, a ter um cigarro na boca, e a verdade é que já sou fumador há onze anos. Não é como deixar de fumar após um ano ou dois.
DL - Ainda que seja fumador, tem algum cuidado especial no que toca ao tabaco?
RP - Tenho tentado reduzir o número de cigarros por dia. Além disso também evito fumar ao pé de crianças ou mulheres grávidas. E, claro, pergunto sempre a quem está comigo se se importa que fume. É uma questão de respeito, ninguém é obrigado a levar com o fumo dos outros.
DL - Como é que os seus pais descobriram que fumava?
RP - Fui eu que decidi contar-lhes. Contei primeiro à minha mãe, que era mais branda. Na altura fumávamos todos às escondidas mas muitos dos meus amigos eram apanhados e dava sempre confusão. Eu não queria perder a confiança dos meus pais, por isso contei-lhes quando fiz 18 anos. Achei melhor saberem por mim.
DL - Qual foi a reacção deles?
RP - No início não foi muito boa. O meu pai ficou bastante chateado, e notei a tristeza da minha mãe, mas o que é que eles podiam fazer? Sempre me disseram que preferiam que eu fumasse à frente deles e com moderação, do que ser proibido e eu ir fazer as coisas pela calada. Lá nisso tenho que concordar.
DL - Se algum dia tiver um filho fumador, qual vai ser a sua reacção?
RP - Vou dizer-lhe que, se quer fumar, então ao menos que fume marijuana, que não vícia nem provoca cancro.
DL - Tem noção que essa declaração pode ser bastante chocante para quem a ler?
RP - Tenho, porque infelizmente o nosso país ainda está muito atrás no que toca a mentalidades. Várias vezes tenho conversas com outras pessoas acerca da marijuana e sinto sempre que a grande maioria fala sem saber e pinta a cannabis como um monstro que não é. As maiores drogas, sem contar com aquelas mesmo fortes como cocaína ou heroína, estão entre nós e são utilizadas no nosso dia a dia. Estou a falar do álcool, do tabaco e do café. Três drogas, três coisas que viciam, três coisas que nos trazem problemas. O tabaco causa cancro e envelhecimento da pele, dentes, unhas, etc. O café dá problemas de coração, e o álcool reduz a nossa capacidade motora e intelectual, além de poder tornar-nos violentos e destruir a nossa vida. Sabem quantos problemas desses a marijuana causa? Zero. Não é viciante, não causa doenças e, aliás, até é usada como erva medicinal noutros países. Há pessoas com cancros em fases terminais ou esclerose múltipla que efectivamente precisam da marijuana para sobreviver. Além de que, se fosse legalizada e regulamentada, acabava o submundo, os dealers deixavam de a poder vender e a entrada no mundo da droga diminuía. Porque o problema não está na marijuana, está nos dealers que a vendem ilegalmente e que lhe acrescentam o que querem, que a modificam, ou que sugerem a compra de drogas mais pesadas ao invés da cannabis, que é maioritariamente inofensiva. Se a pudéssemos comprar nalgum estabelecimento, como fazemos com o tabaco, isso deixava de acontecer.
RP - Tenho, porque infelizmente o nosso país ainda está muito atrás no que toca a mentalidades. Várias vezes tenho conversas com outras pessoas acerca da marijuana e sinto sempre que a grande maioria fala sem saber e pinta a cannabis como um monstro que não é. As maiores drogas, sem contar com aquelas mesmo fortes como cocaína ou heroína, estão entre nós e são utilizadas no nosso dia a dia. Estou a falar do álcool, do tabaco e do café. Três drogas, três coisas que viciam, três coisas que nos trazem problemas. O tabaco causa cancro e envelhecimento da pele, dentes, unhas, etc. O café dá problemas de coração, e o álcool reduz a nossa capacidade motora e intelectual, além de poder tornar-nos violentos e destruir a nossa vida. Sabem quantos problemas desses a marijuana causa? Zero. Não é viciante, não causa doenças e, aliás, até é usada como erva medicinal noutros países. Há pessoas com cancros em fases terminais ou esclerose múltipla que efectivamente precisam da marijuana para sobreviver. Além de que, se fosse legalizada e regulamentada, acabava o submundo, os dealers deixavam de a poder vender e a entrada no mundo da droga diminuía. Porque o problema não está na marijuana, está nos dealers que a vendem ilegalmente e que lhe acrescentam o que querem, que a modificam, ou que sugerem a compra de drogas mais pesadas ao invés da cannabis, que é maioritariamente inofensiva. Se a pudéssemos comprar nalgum estabelecimento, como fazemos com o tabaco, isso deixava de acontecer.
DL - Que conselho quer deixar aos jovens que, como o Ryan fez, se estão a iniciar no mundo do tabaco precocemente?
RP - O meu conselho é para não o fazerem, porque quando quiserem parar já não conseguem. Não precisam de fumar para serem campeões, isso não vos traz nada de bom, pelo contrário. Vão mas é agarrar numa bola de futebol e metam-se na rua a jogar e a respirar ar puro, que é disso que precisam.
RP - O meu conselho é para não o fazerem, porque quando quiserem parar já não conseguem. Não precisam de fumar para serem campeões, isso não vos traz nada de bom, pelo contrário. Vão mas é agarrar numa bola de futebol e metam-se na rua a jogar e a respirar ar puro, que é disso que precisam.